Bem escolhida, essa matéria-prima pode tornar a obra mais ágil, econômica e sustentável.
Para além do uso em telhados, decks e pergolados, entre outros, a madeira serve também como sistema construtivo. “As opções são muitas. O Japão, com suas estruturas levíssimas presentes em palácios milenares, é referência de como um bom desenho faz toda a diferença”, pondera o arquiteto Marcelo Aflalo, um estudioso apaixonado pelo tema.
Madeira é bacana!
Econômica: esse é um tipo de obra seca e, como tal, tem pouco desperdício e gera menos resíduos. Conforme a distância do fornecedor ao canteiro, o transporte pode ficar mais em conta, já que a madeira pesa até 70% menos que pré-moldados de concreto.
Rapidez na montagem da estrutura: “o processo pode ser pré-fabricado, com peças prontas para instalar, o que reduz o prazo de obra em cinco vezes se comparado à alvenaria”, explica Alan Dias, engenheiro da Carpinteria.
Leveza: por pesar menos do que a alvenaria, propicia custo inferior das fundações. “Uma viga de madeira para um vão de 70 metros de comprimento vale ¾ de uma equivalente de concreto”, avalia Marcelo Aflalo.
Conforto térmico e acústico: quando usada para dar forma a pisos e paredes. Segundo Aflalo, uma tábua de 2,5 centímetros de espessura tem melhor desempenho térmico do que uma parede de tijolos de 11,4 centímetros.
Sustentabilidade: esse material é o único a sequestrar carbono da atmosfera e só o devolve à natureza quando apodrece ou é queimado. Daí a vantagem de ser reutilizado. Cada m³ empregado como substituto de outras matérias-primas na construção pode poupar até 2 toneladas de CO ², segundo o livro Cenário da Madeira no Brasil, editado pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC ) em 2014.
Fonte: Revista Arquitetura e Construção.